É tão importante que
sustenta a vida. Muitas criaturas a negam, mas ninguém a dispensa.
Apresenta-se tímida,
quase como se não existisse. No entanto, engrandece quem a dá e
embeleza quem a recebe.
Manifesta-se em
pequenos nadas, como um olhar num momento muito especial. Um olhar
que tem o brilho de uma estrela em um céu cheio de astros.
Pode se exteriorizar em
um sorriso, em um aperto de mão. O namorado que se aproxima da sua
amada e lhe acaricia com suavidade o rosto, como se estivesse tocando
o veludo de uma rosa que desabrocha.
Pode ser sentida em uma
canção que alguém entoa à distância, uma canção que fala de
momentos doces, de um pôr-de-sol, de um amanhecer...
Irradia-se de uma
palavra em um momento oportuno. Palavra que tem o dom de acariciar a
alma e lembra o voo gracioso de uma ave no céu azul.
Expressa-se no silêncio
de um amigo que nos reconhece a dor íntima e simplesmente se senta
ao nosso lado, aguardando que desejemos falar, dizer do que nos está
magoando, machucando. Oferece-nos o ombro amigo para o desabafo e as
lágrimas.
Ela fala sem voz. Atua
sem mãos. Brilha sem luz...
Falamos da ternura, que
é alma e é coração.
Ela sustenta os
matrimônios na Terra e aquece os corações maternos quando a neve
dos invernos já coloriu os cabelos com sua brancura.
No namoro, ela faz
parte do doce encantamento que toma de assalto os enamorados. Nos
primeiros dias do casamento, é a brisa que visita os apaixonados
todas as manhãs. Depois, quando os anos já se dobram sobre o casal,
é o sentimento que alimenta a relação a dois.
Feita de coisas
pequenas, como chegar do trabalho com uma flor e oferecer à amada.
Ou um telefonema, no meio da tarde, para uma pequena declaração de
eterno amor.
Um bilhete em envelope
discreto, com uma frase curta e a marca de um beijo.
Quando a ternura se
ausenta, as criaturas envelhecem mais rapidamente, parecendo murchar,
como flores sem água, sem sol, sem ar.
A ternura é sempre
espontânea, por isso mesmo tão preciosa. Não pode ser imposta.
Quem pode dizer a uma criança que deixe a brincadeira e nos venha
acariciar os cabelos com suas mãos pequeninas?
Mas, quando ela o faz
de forma espontânea, nos enriquece e enche de bênçãos o coração.
A ternura é componente
imprescindível às manifestações do amor.
Brota como as flores
que explodem dos botões aos beijos do sol da primavera.
Onde chega produz
harmonia, paz, porque a ternura é a mais forte expressão que traduz
a elevação do Espírito.
* * *
Quando a brisa passa
pelas ramagens dos arbustos e arvoredos, quando ela canta suave nos
galhos, acaricia a folhagem que se agita em movimentos rítmicos.
A carícia, na Terra, é
dádiva de Deus para a preservação da esperança na dor, do
sacrifício na aflição, do alento na luta.
Façamos da nossa
passagem pelo mundo uma permanente carícia de amor nobre,
manifestando ternura aos nossos amores.
Sejamos como a
madrugada que, ao despontar, acaricia o sono da noite que desperta.
(Redação do Momento
Espírita - com base no cap. Ternura, do livro Heranças de amor,
pelo Espírito Eros, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed.
Leal.)
Fonte:
www.momento.com.br
* * *
Nenhum comentário:
Postar um comentário