Em 1939, um jovem
pesquisador russo foi chamado para consertar certo equipamento de um
instituto de pesquisas na região do Kuban, no Sul da Rússia.
Aproveitou a oportunidade para assistir a uma demonstração com um
novo aparelho de alta freqüência para uso em eletroterapia.
Semyon Davidovich
Kirlian (este era o seu nome) observou que, quando o paciente recebeu
o choque, apareceu um lampejo luminoso entre o eletrodo e a pele.
Nesse mesmo momento, pensou que poderia conseguir fotografar aquela
luz, colocando uma chapa fotográfica entre o eletrodo e a pele.
De volta ao seu
laboratório, procurou executar seu intento. Providenciou as
modificações necessárias, substituindo o tipo de eletrodo.
Preparado o experimento, colocada a chapa no local planejado, ligou o
aparelho por três segundos e, emocionado e esperançoso, apressou-se
em revelar o filme. Constatou então que a chapa revelava estranha
marca, uma espécie de luminescência. Acabava de surpreender
importante fenômeno que, com certeza, abriria "uma janela para
o desconhecido".
Juntamente com
Valentine, sua mulher, aperfeiçoou um novo método de fotografia e
construiu um aparelho óptico, a fim de observar diretamente o
fenômeno em movimento.
O exame da própria mão
mostrava milhares de focos luminescentes, como estrelas em noite sem
lua; clarões multicolores cintilavam, num verdadeiro espetáculo
pirotécnico de cor e luz. Algumas manchas escuras apareciam em
algumas regiões.
Essa luminescência não
é de natureza elétrica ou eletromagnética: é de natureza
desconhecida, na opinião dos cientistas russos.
Certo dia, Kirlian
aguardava a visita de dois cientistas de Moscou (visitas de
pesquisadores eram constantes, dado o alto interesse despertado pela
descoberta) preparava e testava seu equipamento, mas, curiosamente,
não conseguia obter fotos de sua mão com a luminescência
costumeira.
Desmontou e montou o
aparelho; repetiu o experimento várias vezes, sem resultado. Só
conseguia revelar pontos e manchas escuras.
Ainda procurava
solucionar o problema, quando se sentiu mal e perdeu os sentidos;
sofria distúrbios vasculares que lhe causavam esse mal de tempos em
tempos. Repouso era o remédio. Valentine pôs o marido na cama e
providenciou o preparo do equipamento.
Mal terminara essas
providências, chegaram os visitantes. Valentine realizou as
demonstrações com pleno sucesso. As chapas ficaram excelentes.
Kirlian ficou
intrigado.
Assim que
pôde,levantou-se cambaleante e foi verificar o que havia acontecido
com os aparelhos. repetiu a experiência e novamente as fotos ficaram
escuras, com pouca luminescência.
A seguir, procedeu ao
exame em Valentine e o resultado foi ótimo. Revezaram-se e os
resultados se repetiram: as mãos da mulher apresentavam nitidamente
os clarões característicos e as suas continuavam confusas,
borradas, enegrecidas.
Concluíram que não
havia defeito: a doença de Kirlian influenciara os resultados. O
aparelho havia detectado o mal, antes de haver qualquer sintoma.
Posteriormente, o casal
de cientistas verificou modificações evidentes no campo
luminescente quando sob o estímulo do álcool, nas emoções, no
cansaço e até com a variação do próprio pensamento.
Cientistas da Rússia
que se dedicaram ao estudo da kirliangrafia ficaram convencidos que
essa técnica revelara o lendário corpo energético, o nosso segundo
corpo, isto é, o perispírito, segundo Allan Kardec.
Em 1968, comissão
especial, composta por renomados cientistas da URSS, concluiu que
realmente existe um corpo energético, a que chamaram corpo
bioplasmático ou corpo bioplástico.
Os cépticos, fazendo
coro com os materialistas, dirão que Kirlian fotografou o corpo
bioenergético dos homens, animais e plantas, não havendo qualquer
relação com o perispírito.
Não reconhecerão que sua existência
havia sido apontada há milênios por religiosos e comprovada pelos
estudiosos dos fenômenos espíritas há mais de 14 anos.
Mais uma vez
testemunhamos a veracidade do pensamento do cientista da NASA, Robert
Jastrow: "O cientista escala a montanha da ignorância e, quando
chega próximo à rocha mais alta, prestes a conquistar o cume, é
saudado por teólogos que lá estavam sentados ha séculos".
Em concordância com o
avanço da Ciência, a matéria a cada vez se torna mais sutil, se
desmaterializa.
Basta lembrar que há algumas décadas se definia
matéria como tudo aquilo que ocupa lugar no espaço. Sabemos hoje
que matéria é energia concentrada e que, no conceito atual dos
estudiosos do microcosmo, procurar o lugar que um elétron ocupa no
espaço é o mesmo que procurar o espaço que ocuparia a tristeza, a
angústia ou a alegria.
Kardec dizia que, se
algum dia a Ciência negasse, comprovadamente, suas afirmativas, os
espíritas deveriam ficar com a Ciência.
Já se passaram quase um
século e meio e tal ainda não ocorreu; pelo contrário, com o
progresso da Ciência e da Tecnologia, a cada dias as afirmativas dos
Espíritos, apontadas nas obras da Codificação, se tornam mais
evidentes e comprovadas.
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