Segue um texto interessante que merece a nossa reflexão...
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A Evolução do Sentimento.
Citando um trecho de
Carlos Imbassahy:
Ao contrário do que se pensa, os homens melhoram!
Muito pouco em relação ao progresso, mas um bom tanto se
considerarmos o tempo.
Nota-se que a evolução do sentimento nos parece mínima,
porque estamos contando de ontem, e o ontem nosso é quase nulo em relação à
vida planetária.
Não há dúvida que o sentimento de piedade é muito
condicionado entre os homens. Basta lembrarmos uma página de Veit Valentin:
"Que César, na
Gália, massacrasse populações inteiras, inclusive mulheres e crianças, que
tivesse mandado decepar as mãos a todos os defensores da fortaleza gaulesa de
Uxelodunum, ordenando que se exibissem os mutilados para amedrontar, que tenha
feito açoitar até matar seu adversário Vercingetórix, não horrorizou ninguém em
Roma; tratando-se de bárbaros, ninguém se compadecia, e com seus adversários
romanos César era benigno e indulgente.
Quando, porém, os seus
soldados, sem trabalho, espancaram o seu co-cônsul Bibulus, quando ele
arbitrariamente aumentou o número de suas legiões, quando fez vir para Roma a
egípcia Cleópatra como mãe de seu filho Cesarion, passou então a ser
considerado criminoso."
É verdade que hoje é assim, ou talvez pior, porque não vejo
essa benignidade com os patrícios; antes pelo contrário.
O progresso consiste em que há maior número de benignos, e
doutrinas que pregam a benignidade, enquanto antigamente havia pouquíssimas, ou
não havia nenhuma! E, quando aparecia um Cristo ou um Sócrates, mandavam matar!
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